19 de Abril de 2024 -
 
09/12/2016 - 17h50
Satélite Ubatubsat feito por alunos brasileiros é lançado no Japão
A primeira etapa do lançamento foi transmitida ao vivo pela Jaxa
Redação
Agencia Brasil
Satélite foi produzido por alunos do sexto ano / Divulgação/Unsplash

O satélite conhecido como UbatubaSat, desenvolvido por alunos do ensino fundamental de Ubatuba (SP), foi lançado nesta sexta-feira para a Estação Espacial Internacional (ISS), do Centro Espacial Tanegashima, no Japão.

A primeira etapa do lançamento foi transmitida ao vivo pela Jaxa, agência espacial do Japão. A expectativa é que o satélite seja relançado ao espaço no próximo dia 19 e, a partir do dia 21, já esteja em órbita.

O UbatubaSat pode ser o primeiro satélite totalmente desenvolvido no Brasil a funcionar em órbita, de onde poderá registrar a distância de sondas espaciais, detectar a formação de bolhas no espaço, além de fazer contato com radioamadores e transmitir mensagens que foram gravadas por estudantes.

O projeto foi idealizado pelo professor de física Cândido Osvaldo de Moura. A ideia surgiu no início de 2010, quando ele teve conhecimento de que uma empresa norte-americana estava desenvolvendo um veículo lançador e comercializava kits de montagem de pequenos satélites que pudessem ser lançados pela companhia.

Desafio na sala de aula

O professor levou o desafio para a sala de aula. Na época, ele lecionava as aulas de matemática da Escola Municipal Presidente Tancredo de Almeida Neves (Etec), em Ubatuba. “A gente achou que seria interessante fazer um satélite desses com os alunos da quinta série. Eles tinham em média dez anos de idade e poderiam ser os mais jovens do mundo a desenvolver um projeto espacial”, contou Moura.

Segundo o educador, este tipo de satélite foi criado nos anos 1990 para servir como experiência pedagógica nas universidades. Com apoio técnico e financeiro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Agência Espacial Brasileira (AEB), Cândido adaptou a experiência para alunos mais jovens.

Construção e lançamento

O satélite levou três anos para ficar pronto. A construção foi conduzida por seis alunos, mas cerca de 400 estudantes já passaram pelo projeto, que engloba outras atividades científicas.

Cândido e seus alunos acompanharam o lançamento do satélite da sede do Inpe, em São José dos Campos (SP). “A maior conquista é o aprendizado do aluno. O que a gente quis foi colocar [os alunos] em contato com a ciência e a tecnologia desde cedo. Este sucesso a gente já conquistou”, disse o professor.

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