O Ministério Público Estadual (MPE) publicou no diário desta sexta-feira (31) uma lista de inquéritos e processos preparatórios pendentes com promotores. Os inquéritos estão em fase final e na próxima terça-feira (4), após nova reunião, os promotores decidirão se arquivam, dão continuidade no processo ou pedem a prorrogação do prazo para investigação.
A lista de inquéritos é grande e envolve gestão de André Puccinelli (PMDB), de Nelsinho Trad (PMDB), Prefeitura de Campo Grande, prefeitos do interior, vereador Vanderlei Cabeludo (PMDB) e até o coordenador do Samu, Eduardo Cury.
Entre os processos, destacam-se alguns envolvendo o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad. As promotorias apuram eventual ato de improbidade administrativa na contratação de médicos pela Secretaria Municipal de Saúde Pública no perÃodo de 01/01/2005 a 31/12/2012, sem o devido processo seletivo simplificado e ausência de licitação de materiais para serviço de recapeamento de vias públicas desta Capital, com equipe própria da Prefeitura Municipal de Campo Grande, notadamente a avenida das Bandeiras.
Outro inquérito investiga se Nelsinho teria cometido improbidade administrativa ao determinar a intervenção no canteiro central da avenida Afonso Pena. Também há inquérito envolvendo a Prefeitura de Campo Grande, sem detalhes sobre o perÃodo da gestão. Neste caso o MPE apura possÃveis irregularidades na má conservação dos Centros de Educação Infantil de Campo Grande - CEINFS -, devido à falta de materiais de limpeza para fazer a higiene desses locais.
Outros inquéritos envolvem vereador e até o coordenador do Samu, Eduardo Cury. O vereador Vanderlei Cabeludo (PMDB) é investigado por ter, supostamente, contratado funcionário fantasma para o gabinete. Já Cury é investigado por, supostamente, não ter cumprido plantões e recebido pela Prefeitura de Campo Grande de janeiro de 2008 a dezembro de 2012. Ele já provou ao Promotor que recebeu apenas pelo que trabalhou, e a Promotoria recomendou o arquivamento.
Outros inquéritos envolvem o Governo do Estado. A gestão de Puccinelli é investigada por suposta irregularidade na adesivagem em ônibus doados pelo Governo Federal e demora na entrega dos mesmos, bem como retenção de máquinas (patrolas) adquiridas com recursos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Outro inquérito investiga se a presidente do Iagro, Maria Cristina Galvão Rosa Carrijo, cometeu improbidade administrativa.
