18 de Abril de 2024 -
 
15/11/2018 - 12h00
Empresário é executado e filho fica ferido em atentado, vítima era avalista em dívida de R$ 40 milhões
Redação
Campograndenews/Midiamax
Frente da casa onde pai e filho foram atacados - Foto: Marcos
Ermínio/Midiamax

Cláudio da Silva Simão, 48, proprietário de uma mineradora, em Corumbá, foi executado a tiros de pistola 9 milímetros na madrugada desta quinta-feira (15/11), em Campo Grande. Na ação, o filho dele, Gabriel Yuri de Moura Simão, 22, acabou ferido. 

As vítimas do atentado foram atingidas quando chegavam em casa, no Jardim Bela Vista.

De acordo com o Campo Grande News, Cláudio estava numa caminhonete Toyota Hilux e tinha como passageiros o filho, Gabriel, e um rapaz de 22 anos, amigo da família, quando foi surpreendido na entrada do portão da residência dele por dois homens em um GM Onix.

A dupla disparou pelo menos 13 tiros contra a vítima, que morreu no local. O filho dele foi baleado e socorrido à Santa Casa.

Ainda não há informação sobre o estado de saúde dele. O amigo da família foi atingido pelos estilhaços do vidro da caminhonete, mas não precisou de atendimento médico. Após a ação, a dupla fugiu e ainda não foi localizada.

Ainda de acordo com o Campo Grande News, a Polícia Civil afirma que já sabe a identidade dos suspeitos. O motivo do crime não foi divulgado para não atrapalhar as investigações.

AVALISTA EM DÍVIDA

Cláudio da Silva Simão, 48, executado na manhã desta quinta-feira (15) em Campo Grande, era avalista de uma dívida de R$ 40 milhões, segundo processo que corre na 12ª Vara Cível da Capital. A vítima é um dos sócios da MPP – Mineradora Pirâmide Participações Ltda, de Corumbá. 

De acordo com o Midamax, o autor da ação cobra um espólio do pai para a mãe, avaliado em R$ 39 milhões que, em valores atualizados pelo advogado, somam R$ 40,1 milhões. O filho do ex-sócio falecido de Cláudio tentou um acordo com os antigos sócios, mas sem sucesso.

Todos chegaram a dar um cheque no valor milionário para o filho, que depositou e o mesmo estaria sem fundos. Desde então, segundo a defesa, o filho tenta acordo amigável com as partes, mas sem sucesso. A ação corre na Justiça desde novembro do ano passado.

Ainda de acordo com o site Midiamax, em dezembro do mesmo ano, o juiz Atílio César de Oliveira Júnior acatou o pedido da defesa para que os empresários pagassem em até três dias a dívida na íntegra, ou 30% do valor e mais seis parcelas corrigidas pelo índice do IGPM-FGV e juros de mora de 1% ao mês, mais 10% de honorários advocatícios.

Mesmo com a decisão de execução da dívida, os empresários não efetuaram o pagamento, sendo citados em agosto para efetuarem o depósito. No último dia 9 de outubro, a oficial foi ao endereço de Cláudio para citá-lo, mas informou que suspeitava que ele e a sócia estavam na residência ‘e se ocultam deliberadamente para não serem citados’.

Em 2008, a Mineradora Pirâmide vendeu 49% do capital social para a ArcelorMittal SA. A empresa é um conglomerado industrial multinacional de empresas de aço com sede em Luxemburgo. Em Corumbá, a Pirâmide concentra as atividades na exploração de minério de ferro e de reservas de manganês.

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