18 de Abril de 2024 -
 
22/07/2014 - 14h30
Motorista conta que não viu quando atropelou o motociclista
Midiamax

O manipulador de alimentos Ricardo André Rodrigues, de 28 anos, terminou há pouco o depoimento ao titular da investigação, João Reis Belo, da 5ª Delegacia da Polícia Civil, que fica na Vila Piratininga, região sul de Campo Grande. Ele contou que a perseguição que terminou no atropelamento do motociclista Lucas Silveira Leite Ortiz, de 19 anos, na noite de quarta-feira (16), não foi percebida por ele.

“Admito que o fechei sem querer na Guaicurus, mas ele não precisava me perseguir, chutar meu veículo com a minha família dentro e chamar mais dois amigos. Foi um percurso de quatro quilômetros”, ressalta o suspeito.

Ricardo André conta que a mulher e o filho estavam no banco de trás do veículo e que a família havia saído da casa da sogra. “Após o incidente de trânsito, ele ficou nervoso e não aceitou as desculpas. Tentei escapar dele e olhar o que tinha acontecido com o carro, quando percebi que ele havia voltado com dois amigos”, recorda.

Neste momento, o motorista conta que começou a perseguição. “Entrei em umas ruas do bairro e quando voltei para a avenida, me vi entre os motociclistas. Sendo um na frente e dois atrás, por isso que acelerei, na tentativa de escapar”, relata.

Ele conta que neste trecho ouviu uns barulhos de tiros. “Foi no momento que virei para trás e falei para minha esposa ‘abaixa que tá tendo tiro’, pois ela estava com o nosso filho”, afirma.

Ricardo André ressalta que chegou a ouvir um barulho alto e que não viu mais o motociclista que estava a sua frente, mas que em momento algum, imaginou que havia atropelado Lucas. “Não tinha como saber, só queria tirar minha família dali”, frisa o suspeito.

Apesar do depoimento do suspeito afirmando que a fatalidade trata-se de um acidente de trânsito, o delegado afirmou que ele será indiciado por homicídio doloso, aquele que há intenção de matar. “Ele foi liberado e vai responder em liberdade, não há motivo para prendê-lo já que ele compareceu espontaneamente, tem emprego, casa e não oferece risco”, explica João Reis Belo, autoridade policial responsável pelo caso.

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