A reportagem conversou com dois dos investigadores e eles sustentaram a opinião de que foi tudo rápido demais para o tamanho do conteúdo a ser analisado. Ontem, durante a audiência de custódia, diante do pedido da defesa de revogação da prisão, o juiz reponsável, Ney Gustavo Paes de Andrade, rejeitou a solicitação e comentou que a decisão, bastante extensa, apresentava elementos que o convenceram da necessidade de prisão preventiva.
São 266 páginas de documentos, considerando a representação pelas prisões, a decisão que concedeu as ordens de prisão e o termo de acordo da delação premiada de Ivanildo da Cunha Miranda, que desencadeou a 5ª fase da Lama Asfáltica, chamada Papiros de Lama, por envolver o esquema que "esquentava" transações consideradas irregulares.
Os investigadores apontam que, para decidir, o magistrado precisava se inteirar dos conteúdos do pedido das prisões, com 156 páginas, do acordo, onde consta as declarações do delator Ivanildo Miranda, com 30 páginas, e da decisão das prisões, com 80 páginas.
O pedido de habeas corpus foi feito pelo advogado Antonio Mariz, amigo pessoal do presidente Michel Temer, no fim da tarde desta quarta-feira (14). Paulo Fontes teve cerca de dez horas – sem considerar o perÃodo de repouso – para analisar os documentos, tomar a decisão e redigi-la.
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