O Hospital da Vida já está sob a administração da recém-criada Fundação de Serviços de Saúde (Funsaud), que assume no lugar do Hospital Evangélico. “São inúmeras metas a serem alcançadas, face à precariedade da estrutura do HV”, disse o secretário de Saúde, Sebastião Nogueira.

Sem determinar prazo, ele garante aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que o atendimento vai melhorar e isso passa pela adequação do hospital frente à demanda diária de atendimento. “Em caso de superlotação os pacientes são atendidos nos corredores, mas nós faremos de tudo para mudar essa situação. Corredor não é local apropriado para se atender paciente”, disse o secretário, que também é médico e advogado especialista em gestão hospitalar.

Os funcionários da Funsaud participaram de um programa de treinamento e familiarização com o a rotina do hospital. “Mesmo com a estrutura precária, não tem porque prestar um atendimento ruim ao paciente, todos têm que ser bem atendidos e essa melhoria terá que atingir a todos os setores do Hospital da Vida”, disse Sebastião.

O Hospital da Vida fica instalado em um prédio antigo pertencente ao Estado (antigo Hospital Regional e Hospital da Mulher). A estrutura é a mesma de antigamente e durante este processo de readequação novos espaços serão abertos para humanizar o atendimento, mas isso não significa que o Hospital da Vida será ampliado. “O Hospital da Vida será sempre o mesmo, do mesmo tamanho, no mesmo lugar, mas iremos abrir novos espaços dentro deste projeto de readequação, para que possamos atender os pacientes com dignidade, é isso que a comunidade espera e nós estamos trabalhando neste sentido desde que assumimos a Secretaria de Saúde”, disse Sebastião, que está há um ano e oito meses no cargo.

Uma das principais providências e que já foi tomada, é, segundo o secretário municipal de saúde, adquirir novos equipamentos para atender à demanda. A compra de equipamentos se faz necessária em função da precariedade e em muitos casos, impossibilidade de uso daqueles que hoje se encontram “à disposição” do corpo clínico do Hospital da Vida.

O secretário Sebastião Nogueira fez questão de frisar que o Hospital da Vida encontra-se sucateado e, por isso, a missão de torná-lo apropriado ao atendimento aos pacientes é considerada meta difícil de ser cumprida. “A dificuldade é muito grande, em todos os setores e isso tem afetado diretamente o atendimento e a população, que tem sido prejudicada em função desse quadro caótico do Hospital da Vida”, afirma Sebastião.

Entre UTIs e demais alas, o Hospital da Vida conta com 82 leitos. Existe uma proposta futuramente e cujo os recursos já estão garantidos, de uma reforma completa da unidade hospitalar considerada como porta de entrada em Dourados.

Porém, segundo lembra Sebastião, nem mesmo com essa previsão futura de ampliação será possível suprir a demanda do HV. “Para suprir a demanda só mesmo com a construção do Hospital Regional de Dourados”, lembrou Sebastião Nogueira.

O Hospital Regional contará com 200 leitos e será construído pelo Governo do Estado ao longo da rodovia que liga Dourados a Ponta Porã. “Estamos cientes das inúmeras dificuldades que assumiremos, porém, por outro lado, estamos preparados para enfrentá-las e, com muito trabalho, vamos superar mais este desafio”, conclui o secretário.

UPA

A intenção é ainda mudar a forma de atendimento do Hospital da Vida, quando houver ativação da UPA 24h, o que está previsto para acontecer nos próximos dias. A UPA 24h passará a ser o serviço de ‘porta aberta’ que a população deverá procurar para um primeiro atendimento de urgência. No local, será feito diagnóstico e o paciente seguirá para o Hospital da Vida somente via encaminhamento quando necessitar de internação ou cirurgia. A UPA 24h ainda poderá fazer encaminhamentos diretos para o Hospital Universitário e para os leitos de retaguarda do Hospital das Sias em Fátima do Sul.