20 de Abril de 2024 -
 
31/05/2016 - 17h40
Com mistério, PGJ dribla imprensa e entrega denúncia da Coffee Break
TJMS deverá analisar se aceita ou não denúncia contra diversos investigados
Diana Christie e Airton Raes
Topmidianews
Com mistério, PGJ dribla imprensa e entrega denúncia
da Coffee Break - Foto: Deivid Correia/Arquivo

A Procuradoria-Geral de Justiça decidiu manter a discrição e o mistério ao entregar, na tarde desta terça-feira (31), a denúncia resultante das investigações da Operação Coffee Break, conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) com apoio de força-tarefa do próprio Ministério Público Estadual. 

Segundo a assessoria de imprensa do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), os documentos que integram a denúncia foram entregues em mídia digital há pouco. O relatório foi protocolado pessoalmente por servidores do Ministério Público pelo volume de arquivos, que não pode ser anexado pela internet, no sistema online do Tribunal.

A expectativa é que sejam denunciados vereadores, empresários e servidores públicos que teriam integrado suposto esquema para a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP). Na primeira fase da investigação, relatório divulgado à época foi criticado pela falta de provas que poderiam levar à condenação dos investigados.

Com a realização de novas diligências, coordenadas pelo procurador de Justiça Marcos Alex Vera, espera-se que a denúncia tenha indícios relevantes da existência de possível organização criminosa. Agora caberá ao TJ-MS decidir se aceita ou não denúncia, que tramita em segredo de Justiça. O processo deve ser distribuído para relatoria do desembargador Luiz Cláudio Bonassini.

Na primeira fase da investigação, segundo o relatório do Gaeco, a quebra do sigilo bancário e fiscal dos vereadores “comprovou a incompatibilidade de rendimentos recebidos pelos investigados com suas movimentações financeiras, a evidenciar o recebimento de valores escusos”.

Na época, foram considerados suspeitos de associação criminosa o ex-governador André Puccinelli (PMDB), os ex-prefeitos Nelsinho Trad (PTB) e Gilmar Olarte (PP por liminar), os empresários Carlos Eduardo Naegele (Jornal Midiamax), João Amorim (Proteco Construções) e João Baird (Itel Informática); Fábio Portela (IMTI), Luiz Pedro Guimarães e Raimundo Nonato; além dos vereadores Mario Cesar (PMDB), Airton Saraiva (DEM) e Flávio César (PT do B).

Por formar um grupo criminoso que dialogava pessoalmente com os vereadores para conseguir votos no dia da cassação, o Gaeco havia solicitado o indiciamento por corrupção ativa de Gilmar Olarte, Mario Cesar, Flávio César, João Amorim, João Baird, Ayrton Saraiva e Fábio Portela. Já os vereadores Paulo Siufi, Edil Albuquerque, Edson Shimabukuro, Eduardo Romero (Rede), Jamal Salem, Gilmar da Cruz (PRB), Chocolate (PTB), Carlão (PSB), João Rocha (PSDB) e o ex-vereador Alceu Bueno, podem responder por corrupção passiva.

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