A Novartis anunciou ontem que a Sandoz obteve autorização nos Estados Unidos para o genérico de um tratamento para a esclerose múltipla.
A agência norte-americana que regula os medicamentos (Food and Drug Administration, a FDA) aprovou um medicamento da Sandoz chamado Glatopa, uma versão genérica do Copaxone 20 mg, um tratamento desenvolvido pelo grupo israelense Teva, afirmou a Novartis em comunicado.
A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o cérebro e a medula espinhal (sistema nervoso central). Isso acontece porque o sistema imunológico do corpo confunde células saudáveis com "intrusas", e as ataca provocando lesões no cérebro. O sistema imune do paciente corrói a bainha protetora que cobre os nervos, conhecida como mielina.
Os danos à mielina causam interferência na comunicação entre o cérebro, medula espinhal e outras áreas do seu corpo. Esta condição pode resultar na deterioração dos próprios nervos, em um processo irreversÃvel. Ao longo do tempo, a degeneração da mielina provocada pela doença vai causando lesões no cérebro, que podem levar à atrofia ou perda de massa cerebral. Em geral, pacientes com esclerose múltipla apresentam perda de volume cerebral até cinco vezes mais rápida do que o normal.
A esclerose múltipla atinge cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo. A doença não tem cura, mas os tratamentos podem ajudar a controlar os sintomas e reduzir o progresso da doença. Hoje, cerca de 35 mil brasileiros são portadores de esclerose múltipla. Incide geralmente entre 20 e 50 anos de idade, predominando entre as mulheres.