20 de Abril de 2024 -
 
18/01/2017 - 16h50
Agência nega motim e diz que transferência estava programada
Mais cedo, sindicato dos agentes informou que houve briga no presídio, motivada por rixa entre facções rivais
Luana Rodrigues
Campograndenews
Policiais militares estiveram na unidade na
manhã desta quarta-feira (18), após chamado
da direção. (Foto: Amanda Bogo)

A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) divulgou nota na tarde desta quarta-feira (18), informando que a confusão no Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi”, em Campo Grande, não foi um princípio de motim.

Conforme a Agepen, a movimentação no presídio ocorreu devido a uma transferência de cinco internas, “consideradas lideranças negativas, com o objetivo de impedir conflito entre grupos rivais, com base em informações previamente analisadas”, que já estavam programadas.

Ainda segundo a Agepen, “todos os procedimentos ocorreram sem nenhuma alteração e a rotina no presídio segue normal, inclusive com a realização de entrega de pertences por familiares, como é feito todas as quartas-feiras no presídio.”

A Agepen justificou ainda que foi solicitado o apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar para auxiliar na remoção das internas que seriam transferidas, no sentido de reforçar a segurança nos procedimentos, caso houvesse recusa por parte delas ou mesmo alteração por parte das companheiras do presídio.

Rixa entre facções - Diferente do que divulgou a Agepen, mais cedo, o presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária), André Luiz Santiago, informou que houve uma confusão no presídio, devido a briga entre lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital) e do Comando Vermelho. “Elas queriam unificar as celas para iniciar um conflito”, contou.

Cinco presas, que não tiveram a identificação revelada, foram transferidas do presídio da Capital para unidades do interior. O destino de cada uma delas também não foi divulgado. Segundo Santiago, elas foram identificadas como sendo lideranças de facções.

As detentas estavam nas celas 5, 9, 10 e 13 do presídio, e começaram um conflito mais acirrado depois que algumas detentas pediram transferência do presídio. “Lideranças queriam entrar em conflito antes da transferência das rivais e por isso começou a confusão. Os rumores de que isso aconteceria já rolam há uma semana”, disse.

Segundo agentes penitenciários ouvidos pelo Campo Grande News, pouco antes das 11h os grupos começaram a desobedecer ordens. A situação ficou tensa e só foi contornada pelos agentes por volta das 12h.

Mesmo com o clima no presídio mais ameno, às 12h38, uma equipe com 18 militares do Choque entrou no presídio e deu início a transferência de presas que estariam envolvidas na briga.

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